Na onda do passarinho...

Eu sempre quis ter um cachorro, tudo bem, eu sempre morei em apartamento e minha mãe nunca foi muito fã dessa mistura. Meu pai até tentou, chegou em casa uma vez com uma fox paulistinha bem bonitinha que colocamos o nome de Princesa, só que muito peralta, ela comeu logo de cara um sapato da minha mãe e a ponta do edredon, sem contar que de manhã a gente não achava ela porque dormiu no meio da parte do edredon que ficava pendurado pra fora da cama (sim o mesmo que ela comeu rs) e ainda correu pelo corredor atrás da minha irmã que tinha apenas 05 anos e quase teve um colapso de tanto medo, chorou tanto que meu pai teve que levar a bonitinha embora e deu pra um vizinho nosso que morava nas casas da rua do meu condomínio, moral da história, minha irmã acabou com minha felicidade rs.

Tudo bem, passou. Compramos então duas tartarugas de aquário. Tartaruga nem é um bichinho tão legal assim, comparada a um cachorro, mas eu estava feliz, até descobrirmos que a minha era cega tadinha, ela não comia e a gente não entendia porque, às vezes ficava horas parada sem saber pra onde ir, daí eu tinha que ficar colocando comida na boca dela e auxiliando ela a entrar e sair da água. Seu nome era Tita e meu pai até chegou a dizer para que levássemos ela de volta e trocassemos por outra, mas eu não podia fazer isso com ela apenas porque tinha uma deficiência, eu já a amava. Pois é, só que o que eu não sabia era que mesmo cuidando dela com tanto carinho, eu ficava grande parte do tempo fora de casa e ela foi adoecendo, lembro como se fosse hoje, minha primeira perda próxima, sofri. A outra tartaruga meu pai teve que dar embora depois de anos, ela ficou muito grande e num aquário tadinha, minha tia fez um laguinho pra ela no quintal da casa dela e lá ela vive feliz.

Muito tempo depois minha irmã ganhou um ramister da Índia, o bichinho é bonitinho, mas é tão fedido rs. O coitado não durou muito tempo, minha irmã é meio sádica eu acho (mentira gente, ela não tinha noção), um dia ela estava bem quietinha no quarto brincando com seu ramister e suas coisinhas de Barbie, minha mãe chamou ela pra sairmos e quando voltamos o ramister estava durinho da silva, ele tinha partido dessa pra melhor engasgado com a toalhinha da Barbie (Como assim? Ratos não costumam roer esse tipo de coisa?). Minha irmã ficou se sentindo tão culpada coitada que nunca mais pensamos em criar nadinha.

O ano retrasado (2008), meu pai chegou em casa com uma caixa, dentro tinha um passarinho tão maltratado, tão doente, sem penas, quase morto. Bom, vamos cuidar! Foi tanto amor, tanto carinho, tantas papinhas dadas em seringas no biquinho, muitos antibióticos (bicho dá trabalho minha gente) e esse passarinho tão feinho virou uma calopsita lindona, a Tititi. Vcs não têm idéia como é inteligente, sempre que eu chegava da faculdade ela ficava gritando Tititi Tititi, até que eu desse atenção a ela, morro de saudades!

Como continuo morando em apê depois que casei, vou ter que adiar mais um poucão meu sonho de ter um cachorro, enquanto isso, inspirada na Fernanda e na Cibele , resolvi ter um passarinho em casa, olha ele aí...Lembram que eu contei que havia comprado uma moldura no centro da cidade? Então olha ela aí! Na verdade ela era marrom feia, daí eu pintei com uma cor muito próxima a do passarinho, não ficou uma fofurinha? (não me perguntem da foto do antes, que minha ansiedade foi tão grande quando vi a moldura e imagem juntas que esqueci e dá-lhe tinta rs).

A imagem eu tirei da net e adorei!! Ele tá cantando, um dos meus hobbys prediletos e a sensação que dá da imagem é que é meia gaiola, tipo passarinho livre rs...Aí onde eu resolvi colocá-lo, no meu apê nem têm muito lugar, quem sabe o dia em que eu comprar um aparador bem bonitão ele não vá pra sala rs.

PAPO SÉRIO!!

Hoje o dia foi do Theo.

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